Raças de bovinos para produção de leite

 

Existem diversas raças de bovinos especializadas na produção de leite, cada uma com características específicas de produtividade, adaptação ao clima e manejo.

Holandesa:

Origem: Acredita-se que ancestrais primitivos dos animais que existem hoje eram domesticados há mais de 2000 anos nas terras planas e pantanosas do Norte da Holanda e Oeste da Província da Frísia.  

Maior produção de leite do mundo

Alta produção (média de 30 a 40 litros/dia)

Pelagem branca e preta (ou vermelha e branca)

Mais exigente em manejo e nutrição

Peso para cobertura de novilha: 330 a 350 e idade de 15 a 16 meses

Peso adulto as vacas têm um peso médio de 550 kg a 600 kg, enquanto os touros alcançam de 900 kg a 1000 kg 

As vacas holandesas podem produzir mais de 50 litros de leite por dia, em cerca de 3 ou 4 ordenhas 

  • A raça holandesa é muito utilizada no Brasil, especialmente no Sul do país
  • A adaptação à climas mais quentes, como os do Brasil, é mais difícil
  • A temperatura crítica, sob a qual cai o consumo de alimentos e a produção de leite, está na faixa de 24 e 26º C 

Vale lembrar que para rebanhos de alta produção, é sempre importante estar atualizado a respeito de estudos sobre as raças, investir em instalações, práticas nutricionais e manejos cada vez mais tecnológicos com o intuito de melhorar os índices de produção leiteira. 

Parte do texto retirado do site: https://www.milkpoint.com.br/artigos/espaco-aberto/curiosidades-a-historia-da-raca-holandesa-220175/

Foto retirado do site: https://www.gadoholandes.com.br/



Jersey:
Origem: É uma raça de gado bovino da subespécie Bos taurus taurus e originária da Ilha de 

Jersey, no Canal da Mancha, entre a França e a Inglaterra.

Leite com alto teor de gordura e proteínas

Raça mais precoce entre as raças

Pequeno porte e rusticidade

Produção média de 15 a 25 litros/dia 

Adaptável a diferentes climas

Mais adaptável para produção a pasto

Mais adaptável para área com pedras e montanhas

Peso de cobertura de novilha:  230 a 250 kg e idade de 15 a 16 meses de vida

Peso adulto de 350 – 470 kg para as vacas e 500 kg para os touros

Como boa produtora de leite, apresenta úbere com boa conformação e proporcional ao tamanho do corpo.

Os animais da raça Jersey são relativamente pequenos quando comparados às outras raças, 

que permite que a taxa de lotação por hectare possa ser maior. As vacas Jersey têm como 

característica um primeiro parto mais precoce, além de facilidade para partos e apresentar 


O manejo adequado vai ser o diferencial em qualquer raça, e, para o Jersey, permite que o 

animal expresse sua boa aptidão leiteira, produzindo acima de 2000 kg em 300 dias de 

lactação e com 5 a 6% de gordura.

Parte do texto retirado do site: https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/gado-jersey-historia-caracteristicas-e-producao-da-raca-225762/ 

Foto do autor  



Pardo-do-Suíço:

Origem: raça ou grupo de raças de gado doméstico originário da Suíça e distribuído por toda a região alpina.

As fêmeas apresentam média de idade ao primeiro parto de 29 meses. O período de serviço, definido pelo tempo transcorrido entre o parto e uma cobertura com prenhes, varia de 90 a 100 dias.  A taxa de partos sem assistência é de 94,5%.

O período de serviço, definido pelo tempo transcorrido entre o parto e uma cobertura com prenhes, varia de 90 a 100 dias.  A taxa de partos sem assistência é de 94,5%.

A raça Pardo-Suíça é reconhecida os animais da raça possuem um número muito alto de glóbulos vermelhos no sangue, pois são originários de regiões elevadas, onde o oxigênio é rarefeito da em todo o mundo por sua capacidade de adaptação, principalmente nas regiões de clima quente.

A pele totalmente pigmentada do Pardo-Suíço evita doenças relacionadas com a fotossensibilidade. Esta característica de grande resistência ao calor e ao sol escaldante é fundamental para a pecuária que precisa de touros cobrindo no pasto, como nos cruzamentos industriais e nas criações extensivas.

Além da precocidade sexual, quando os tourinhos da raça com 15 meses já podem servir nas estações de monta e permanecem trabalhando por vários anos. A raça se destaca pela sua fertilidade. As fêmeas alcançam a puberdade aos 346 dias de vida, com taxa de prenhes de 91,6%. E esta característica é transmitida também em seus cruzamentos.

A rusticidade e seus bons aprumos, tem resultado em uma maior longevidade, possibilitando ao criador obter um número maior de produtos e de lactações lucrativas. O tempo maior de permanência do animal no rebanho, além de diminuir o custo de criação, implica também em menor pressão de reposição de animais, permitindo maiores excedentes para a comercialização, aumentando o faturamento da fazenda. 

As lactações das vacas Pardo-Suíças são caracterizadas por uma diferença menor entre o pico e a base de cada lactação, fator que é de extrema importância na hora de compor a quota diária entregue ao lacticínio. O leite produzido pelas vacas Pardo-

Suíças apresentam alto teor de Kappa-caseína e uma relação de quantidade de proteína/gordura ideal para a produção de lácteos, proporcionando maior rendimento de derivados. Nos países mais desenvolvidos, e em alguns estados do Brasil, a alta

quantidade de sólidos do leite é um diferencial de preço bastante importante para o produtor.

Parte do texto retirado do site: https://pardo-suico.com.br/?page_id=5732

Produção de leite com bom teor de gordura

Produção média de 20 a 30 litros/dia

Forte estrutura corporal

Peso para cobertura de novilha: 330 a 350 kg e idade de 16 a 16 meses de vida

Peso adulto: vacas 550 kg e machos, machos podem chegar a 1000 kg

 


 

Foto retirado do site: https://www.fazendatamandua.com.br/produtos/bovino-pardo-suico/

Gir Leiteiro:

Origem:  A raça Gir Leiteiro é uma raça zebuína de gado leiteiro originária da Índia. É uma das raças mais antigas do mundo e é muito utilizada no Brasil. 

Raça zebuína adaptada ao calor

Boa fertilidade e longevidade 

Produção média de 10 a 15 litros/dia

 Leite de alta qualidade para queijos

Peso para cobertura de novilha: 300 kg e idade 16 - 18 meses de vida quando são precoces

Peso adulto: vacas 400 – 450 kg e machos com três anos 760 kg   

Características 

  • Produção de leite de alta qualidade
  • Tolerância ao clima tropical
  • Rusticidade
  • Resistência a doenças
  • Temperamento dócil
  • Fácil manejo

Produção de leite

  • A produção média por lactação é de 3.745,50 kg 
  • O leite produzido é de alta qualidade nutricional, com uma elevada percentagem de gordura e proteína 
  • A raça também produz leite A2, que reduz a incidência de alergias a uma determinada proteína do leite 

Cruzamentos

  • A raça Gir Leiteiro é muito utilizada para cruzamento com a raça Holandesa, resultando na raça Girolando 
  • O cruzamento com a raça holandesa já virou uma raça e conta inclusive com a própria associação 

Importância da raça

  • É utilizada nas principais bacias leiteiras do Brasil, como Minas Gerais, Goiás e São Paulo 

Parte do texto retirado do site: https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/vaca-gir-historia-caracteristicas-e-producao-225917/

e https://www.abcz.org.br/a-abcz/racas-zebuinas/raca/5/gir


Foto retirado do site: https://procreare.com.br/a-raca-gir-leiteiro/




Girolando:  

Origem: Surgiu na década de 1940, no Vale do Paraíba, em São Paulo

Resultado dos cruzamentos entre Holandesa e Gir

 Alta produtividade (média de 20 a 35 litros/dia)

Boa adaptação ao clima tropical

Muito usado na pecuária leiteira no Brasil

Peso para cobertura de novilha: 300 kg e idade de 16 a 18 meses de vida

Peso adulto: vaca 450 – 500 kg e machos 800 a 100 kg

A raça Girolando é uma raça bovina brasileira, resultado do cruzamento entre as raças Holandesa e Gir. É uma das raças leiteiras mais populares do Brasil, responsável por cerca de 80% da produção leiteira do país. 

Características 

  • Forte, produtivo e adaptável a diferentes condições climáticas
  • Pelagem variada, incluindo preto, castanho, vermelho, mamona e pintado de branco
  • Alta adaptabilidade às condições submetidas
  • Baixo índice de problemas de parto e retenção de placenta
  • Cascos mais resistentes
  • Boa fertilidade

Origem 

  • Foi criada para combinar as qualidades de duas raças distintas, produzindo animais que se adaptassem facilmente ao clima tropical do Brasil

Produção de leite

  • A vida produtiva se inicia normalmente entre 24 e 36 meses de idade 
  • O pico de produção de leite chega até os 10 anos, e produz satisfatoriamente até aos 15 anos 
  • Uma pesquisa realizada em 2018 mostrou que a produção de leite média de vacas Girolando foi de 5.041 litros.

  •  Parte do texto retirado do site: https://www.fundacaoroge.org.br/blog/principais-caracteristicas-da-raca-girolando#:~:text=A%20ra%C3%A7a%20Girolando%20%C3%A9%2C%20atualmente,e%20%C3%A0%20pecu%C3%A1ria%20de%20corte.

    Foto do site: https://baldebranco.com.br/girolanda-entra-para-o-livro-mundial-dos-recordes/


Cruzamentos raça holandesa e jerjey mais conhecido como kiwicross:   

Origem: Os primeiros cruzamentos foram realizados na Nova Zelândia

  • As vacas mestiças Holandês x Jersey produzem leite com maior concentração de sólidos, em especial gordura. 
  • O cruzamento entre as duas raças pode ser mais interessante e não traz preocupações na hora do parto. 
  • A produção de bezerros e bezerras sai bem padronizada e uniformidade do lote. 

Desvantagens do cruzamento 

  • O risco de nascimento de bezerros maiores pode aumentar quando se cruzam raças distantes geneticamente, como Jersey e Holandês.

Estratégias para o cruzamento 

  • Avaliar o peso das novilhas.
  • Selecionar touros pela facilidade de parto.
  • Analisar cuidadosamente na seleção para evitar problemas durante o parto.

A vantagem econômica da raça Holandesa decorre de sua maior produção de leite e sólidos. As Holandesas reduzem custos fixos produzindo mais leite e componentes importantes, como gordura e proteína, aumentando a renda geral. 

Sua grande produção de sólidos, cerca de 367 kg extras por ano, gera um impulso financeiro substancial, resultando em aproximadamente US$ 456 a mais por vaca anualmente do que o Jersey. Esta diferença significativa faz da Holandesa a opção preferida em fazendas leiteiras comerciais que desejam maximizar a oferta de leite e o volume de sólidos para o sucesso econômico.


Embora as Holandesas tenham uma vantagem econômica significativa, as vacas Jersey têm o potencial para fechar essa lacuna através de melhorias específicas na sua capacidade de produção de leite. Aumentar a produção diária de leite das Jerseys uma

média superior a 30 kg, mantendo altas concentrações de sólidos, é uma técnica possível para alinhar sua lucratividade com a das Holandesas.

Além disso, a eficiência inerente do Jersey na conversão alimentar – produzindo 1,75 kg de leite corrigido pela energia por kg consumido de matéria seca – enquanto as Holandesas produzem cerca de 1,67 kg mostra que a raça pode aumentar a produção de

leite sem aumentar os gastos com alimentação.

Com ênfase em acasalamentos seletivos e na nutrição ideal, as vacas Jersey têm o potencial de atingir, se não exceder, os rendimentos do gado Holandês.

Como os custos de alimentação representam uma parte considerável das despesas gerais na produção de leite, o custo reduzido de alimentação por quilo de gordura produzido pelo gado Jersey é um benefício significativo.

As vacas Jersey têm um custo de alimentação de US$ 4,01 por quilo de gordura produzido, contra US$ 4,34 para o gado Holandês. Embora esta diferença possa parecer pequena, ela vai se acumulando com o tempo, resultando em economias significativas.

Para as fazendas que produzem bastante leite, as economias cumulativas nos custos de alimentação podem resultar em ganhos financeiros consideráveis.

Esse custo reduzido de alimentação aumenta a lucratividade por vaca e melhora a rentabilidade total do rebanho. Estabelecendo, assim, as vacas Jersey como uma melhor alternativa econômica para os produtores de leite que buscam reduzir gastos sem

perder produção.

O cruzamento de Holandês com Jersey permite combinar um alto volume de leite (do Holandês) com a notável eficiência alimentar e vantagens ambientais (do Jersey). No entanto, é importante notar que os projetos de cruzamento também apresentam

desafios, como a necessidade de seleção genética e manejo cuidadosos. Os produtores de leite utilizam cada vez mais dados genéticos e medidas de desempenho para identificar as combinações de raças mais produtivas e sustentáveis.

À medida que a pecuária de leite muda para práticas de produção mais enxutas, a seleção de raças torna-se mais crítica. Os produtores usarão insights baseados em dados e melhorias genéticas para escolher raças que otimizem a produção de leite,

mantendo ao mesmo tempo excelentes taxas de conversão alimentar e um impacto ambiental reduzido, satisfazendo os objetivos de rentabilidade e sustentabilidade.

 

Peso para cobertura de novilha: 300 - 320 kg e idade de 15 - 16 meses de vida

Peso adulto: vaca 540 kg e machos com 600 kg  

Parte do texto retirado do site: https://www.canaldoleite.com/artigos/jersey-x-holandes-qual-raca-leiteira-proporciona-maior-lucratividade-aos-produtores/#:~:text=O%20cruzamento%20de%20Holand%C3%AAs%20com,sele%C3%A7%C3%A3o%20gen%C3%A9tica%20e%20manejo%20cuidadosos.

 


Foto retirado do site

https://www.milkpoint.com.br/colunas/andre-thaler-neto/cruzamento-entre-holandes-e-jersey-iii-desenvolvimento-de-bezerras-e-novilhas-205057/




Foto retirado do site

https://canaldoleite.com/artigos/experiencias-com-vacas-de-leite-cruzadas-nos-eua/

 












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