O preço da carne bovina
O preço da carne bovina é influenciado por diversos fatores, principalmente de oferta e demanda, mas também por condições climáticas, ciclos pecuários, exportações e até mesmo pela renda dos consumidores.
Para termos um bom entendimento como é produzido a carne dos bovinos.
O processo começa a partir do momento em que a vaca está prenha.
Uma vaca de corte ou leite tem uma gestação de 9 meses.
Durante este período a vaca está tendo um bezerro mamando nela e outro bezerro em seu útero. Todo cuidado é pouco com a vaca, com o bezerro e com a prenhes.
A gestação ou prenhes pode variar 15 dias antes ou 15 depois do prazo previsto a partir do prazo estipulado das anotações. Normalmente a prenhes se confirma com 60 dias, então são mais 7 meses a partir da confirmação da prenhes.
Quando a fêmea inicia a gestação, o crescimento do feto é lento, sua condição nutricional não é muito boa. Durante esse período, é necessário o pecuarista manter uma boa exigência nutricional.
Nos últimos meses é quando o feto se desenvolve mais rápido, chegando a ter um crescimento de 70% a 80%.
Durante esse período, é necessário concluir um crescimento fetal, oferecendo um proteinado de boa qualidade para o bezerro nasce forte e saudável.
Os melhores índices de fertilidade em novilhas zebu ocorrem em fêmeas que apresentam peso superior a 300 quilos com condição corporal igual a quatro, segundo estudos da Embrapa.
Em termos de parâmetro, a escala de escore corporal avaliada vai de um a nove.
Parte do texto retirado do site: https://girodoboi.canalrural.com.br/pecuaria/quanto-tempo-dura-a-gestacao-de-uma-vaca/
Raças zebuínas: Nelore, tabapuã, gir, brahman, indubrasil, guzerá
Raças europeias: Angus, devon, hereford, charolês, simental
Normalmente as raças europeias são mais precoces seja em crescimento e desenvolvimento de macho ou femeas do que o gado zebuíno.
A partir do momento que o bezerro nasce temos os cuidados com o mesmo, durante 7 meses até que o mesmo esteja desmamado. Este período é muito importante para o desenvolvimento do animal.
O bezerro precisa ganhar peso continuo todos os dias até o seu abate
Acontece e bastante um fator curioso, onde caso o bezerro não ganhar peso conforme o esperado vai ficar um bovino com chifres grandes e pequeno caso não desenvolver corretamente. Isso pode atrasar o seu abate por seis meses ou até um ano além do previsto. Isso vai gerar mais
custo da produção deste animal.
Com sete a oito meses os bezerros estão sendo desmamados. Quanto maior peso no desmame é melhor por que ele vai se adiantar do prazo do abate. Um peso bom de desmame é acima de 200 kg.
De acordo com a informação abaixo:
Pesos médios:
• Média nacional: 160 a 180 kg.
• Ideal para desmama: 180 a 210 kg.
• Bezerros de corte: 200 a 250 kg.
• Fêmeas: 142,64 kg em média.
• Machos: 187,95 kg em média.
• Nelore: 213,15 kg por cabeça em média (reposição, 8 a 12 meses).
Foto retirado do site: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Grafico-ilustrativo-da-variacao-estimada-do-peso-das-novilhas-em-um-manejo-de_fig1_283017473
O peso ideal para o desmame de bezerros de corte pode variar de acordo com diversos fatores, como raça, genética, manejo alimentar e condições de saúde do animal. No entanto, em geral, recomenda-se que o bezerro esteja com cerca de 200 a 250 kg no momento do desmame, diz Flávio Santos. Porém, isso nem sempre é possível.
Parte do texto retirado do site: https://agropecuaria.elanco.com/br/criasaudavel/saude/bezerros-corte-peso-ideal
O bezerro sai deste setor pode permanecer na mesma propriedade o que seria um ciclo completo na propriedade, ou o bezerro é vendido para outra propriedade onde vai começar a engorda do mesmo, isso com pastagens.
Sendo importante o mesmo ganhar peso a cada dia como está no gráfico.
Temos um conceito
chamado de boi 777.
O Boi 777 é um conceito de produção pecuária que visa
acelerar o ciclo de engorda dos bovinos, reduzindo a idade de abate e
aumentando o peso da carcaça. A técnica consiste em engordar o animal de
forma que ele alcance 7 arrobas em cada uma das três fases principais: cria,
recria e engorda, resultando em um boi de 21 arrobas em cerca de 2 anos.
Um boi 777, que
segue Bezerro é desmamado com 210 kg e vai se a técnica de
pecuária que busca atingir 21 arrobas (ou 315 kg) em até 24 meses, pode
pesar cerca de 550 kg.
Detalhes:
·
Boi 777:
É um protocolo de
produção que visa reduzir o tempo de abate e aumentar o peso da carcaça.
·
Metodologia:
A técnica busca
que o boi atinja 7 arrobas (105 kg) em cada fase: cria, recria e engorda.
·
Peso final:
O objetivo é que
o boi chegue ao abate com 21 arrobas (315 kg), o que pode ser alcançado em até
24 meses.
·
Peso total:
Com a carcaça
representando cerca de 50% do peso vivo, um boi com 21 arrobas na carcaça pode
ter um peso vivo de aproximadamente 550 kg.
·
Variedades:
Apesar do foco em
21 arrobas, o peso total pode variar dependendo da raça, alimentação e
manejo.
Fatores de Oferta:
·
Ciclo pecuário:
Aumenta a oferta
de bois gordo quando há mais bezerros disponíveis, o que pode baixar o preço da
arroba, e vice-versa, quando a oferta diminui.
·
Condições climáticas:
Secas e queimadas
reduzem a produção de pastagem, diminuindo a oferta de boi gordo e elevando os
preços.
·
Uso de tecnologias:
Tecnologias como
suplementação e confinamento podem ajudar a equilibrar a oferta, mesmo em
épocas de menor produção.
·
Descarte de fêmeas:
O abate de fêmeas
para produção de carne reduz a oferta de bezerros, impactando negativamente a
oferta de boi gordo.
Fatores de Demanda:
·
Renda dos consumidores:
Aumento na renda
pode elevar o consumo de carne, aumentando a demanda e, consequentemente, os
preços.
·
Preço de outras proteínas:
Se o preço de
outras carnes (frango, por exemplo) for mais baixo, o consumo de carne bovina
pode ser afetado, influenciando o preço.
·
Exportações:
O aumento nas
exportações reduz a oferta de carne no mercado interno, elevando os preços para
o consumidor.
Outros Fatores:
·
Inflação:
A inflação pode
afetar o preço final da carne, pois eleva os custos de produção e
transporte.
·
Custo da alimentação animal:
O aumento no
preço do milho e do farelo de soja, que são componentes da ração animal, também
pode impactar o preço da carne.
A maioria dos bovinos no Brasil são engordados a pasto, boa parte de sua vida. No final 90 dias antes do abate os animais vão para o confinamento para fazer um acabamento da carcaça e ganhar mais peso com uma boa gordura. Claro que temos bovinos que são engordados somente nas pastagens sem o uso do confinamento. Isso é uma opção do proprietário e uma cultura da região.
Alimentação do Confinamento: Silagem, sal e água por 90 a
120 dias.
Se formos comparar o preço da carne de gado com outras espécies com o tempo para se produzir um kg de carne.
Um frango com 2,5 até 3 kg. Tempo 40 dias mais 15 dias
vazio sanitário= 55 a 60 dias 10 reais o kg.
Um suíno 90 kg. Tempo 220 dias. Desde que nasce 25 dias desmama, creche 65 a 70 dias, crescimento 100 dias e terminação 30 dias = 220 dias ou suínos com maior peso permanecem 160 dias somente no crescimento e terminação. 18 reais a kg média do valor entre os cortes
Um bovino com 525 kg. Tempo são 7 a 8 meses ou 210 a 240
dias desmama. Crescimento de um bovino até os 13 meses ou 390 dias. Engorda a
pasto ou confinamento mais 60 a 120 dias ou 2 a 4 meses = total de 24 meses. 37 reais a kg média do valor entre os cortes
No caso das aves e suínos os animais sempre vão estar em confinamento local fechado com controle de temperatura, fluxo de ar, ambiência. No caso dos bovinos de corte, os animais estão no tempo soltos nas pastagens e o clima pode variar bastante em um dia ou conforme os meses. Não podemos ter o controle do ambiente nos animais, dependemos do clima ficar o mais estável possível, oque na realidade não funciona como queremos.
Um bom exemplo onde eu trabalho região oeste de Santa
Catarina, este verão passado foi um calor em excesso para toda a região, o que
faz aumentar a proliferação de moscas e carrapatos, tirando o bem estar dos
animais não deixando o bom desenvolvimento ou desejável.
Isso faz com que os animais não ganhem o peso desejado,
vacas não emprenham ou tem abortos.
No caso do tempo que estamos neste momento mês de maio,
outono desde março, vazio forrageiro, as pastagens de verão estão com
diminuição de qualidade e não se tem uma pastagem de inverno pronta para
consumo. Necessário produtor se organizar para ter alguma forma de
pastagens conservadas para manter os animais em seu peso
desejado, seja com feno, pré-secado ou silagem. Isso tudo vai gerar custos
adicionais.
No inverno mesmo em regiões onde tem maior frio com geadas,
maio, junho e julho isso vai aumentar o custo por que a pastagem pode queima-la
ou morrer ou diminuir muito a sua qualidade e a mesma vai ter seu retorno com
qualidade somente em setembro ou outubro. Na minha
região mesmo não sendo frio intenso, ocorre a queda da qualidade
das pastagens e algumas situações pode geada pode queimar as pastagens perndendo
bastante a qualidade.
Já em outras regiões como do estado do Matogrosso, podem
permanecer 4 meses sem chover, imagina como fica o gado nesta situação. Ele
ganha peso no verão bastante pastagem e perde peso no inverno por que não tem
chuva e a pastagem é menor ou escassa.
A
produção de carne bovina em Santa Catarina é menor que a demanda interna, sendo
necessário importar cerca de 130 mil toneladas por ano. Neste
caso o preço vai aumentar devido a demanda e com menor produção.
Informação retirado da internet gerada pela inteligência
artificial.
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