Uso de cisternas
A água é o elemento fundamental da vida. Seus múltiplos usos são indispensáveis a um sem-número de
atividades humanas, tanto no meio rural como nas cidades, e isso é conhecido há muito tempo.
Contudo, a preocupação em manter a quantidade e qualidade da água para as gerações futuras é um
assunto recente, surgido quando os problemas de escassez de água se tornaram evidentes em algumas
regiões.
Em Santa Catarina, os sistemas de produção caracterizados pela criação intensiva de animais e cultivo
de plantas tornam as propriedades rurais grandes demandadoras de água, seja para a dessedentação dos
animais, limpeza das
instalações, seja para irrigação das lavouras.
Juntamente com isso, têm sido verificadas algumas alterações climáticas que afetam Santa Catarina,
notadamente o aumento das temperaturas médias e mínimas e o aumento dos dias sem chuvas
(BRAGA, 2008). Secamento rápido do ambiente no período matinal e estiagens curtas de 15 a 20 dias
têm sido registradas com maior frequência nos anos recentes. Paralelamente a isso, a ocorrência de
chuvas de alta intensidade (grande volume em pouco tempo), embora muitas vezes causando danos, é
imprescindível para manter a disponibilidade de água nos solos adequadamente manejados, alimentar
os mananciais de água e suprir depósitos ou sistemas destinados ao armazenamento de água, quando
existentes.
viabilidade econômica das produções e cultivos. A construção dessas cisternas é fácil, geralmente de
baixo custo, devendo-se levar em conta a qualidade da água desejada, o espaço para as instalações e os
recursos financeiros disponíveis (PALHARES, 2010). Quanto à qualidade, para uso na dessedentação
de animais, deve ser seguida a Resolução Conama 357 (2005), para águas de classe 3. Na criação de
aves a exigência é maior, devendo ser respeitada a Instrução Normativa No 56 (MAPA, 2007).
filtrada, mas sim água com determinadas características químicas, físicas e biológicas que permitem o
desenvolvimento da vida como também o enquadramento em classes de usos diversos. Na utilização
para consumo de animais, a qualidade da água captada das chuvas e armazenada na cisterna deve ser
monitorada, pois sofre alterações de acordo com o ambiente, com a qualidade dos materiais de
construção, com o manejo da cisterna, com a altura da retirada da água da cisterna, entre outros fatores.
parâmetros pH, temperatura, sólidos totais dissolvidos, amônia, nitrato e coliformes termotolerantes.
Contudo, na maioria das vezes, a distância dos laboratórios, o custo das análises e do transporte
inviabilizam essa prática.
monitoramento.
Ambiente
fenômeno ocorre quando as gotas das precipitações agregam as partículas suspensas no ar, causando a
contaminação das águas. Essa contaminação também pode ser proveniente de poeira e fuligem
depositadas nas superfícies de coleta.
Superfície
de captação
É de suma importância considerar a superfície de cobertura que será usada para a captação da água da
chuva, pois a dimensão da cisterna depende de a área do telhado ter a capacidade de abastecê-la. Sem
considerar perdas (água de descarte, principalmente), cada milímetro de chuva reúne 1L m-². Assim,
podemos considerar que 200mm de chuva (média mensal) num telhado de aviário de 100 x 12 metros é
capaz de acumular até 240 mil litros quando coletada nos dois lados.
Higienização
da cisterna
A cisterna deve ser limpa anualmente. Aproveita-se um período de baixa demanda de água para as
criações/cultivos ou de normalidade das chuvas para proceder ao completo esgotamento do reservatório
e efetuar sua limpeza. O acúmulo de lodo deve ser retirado, e as paredes devem ser esfregadas com
esponja ou escova, água e sabão. Retire a água suja com auxílio de balde e pano. Não utilize escova de
aço. Para enxaguar, utilize 100ml de água sanitária em 10L de água. Enxágue todas as paredes da
cisterna com essa solução de limpeza e deixe agir por 30min.
Ao final, enxugue o excesso acumulado no fundo da cisterna e, assim, sua cisterna estará limpa e
desinfectada.
Cuidados como o descarte da água dos 2mm iniciais da chuva, o completo fechamento da cisterna para
evitar a entrada de animais e a manutenção dela em completa escuridão para reduzir a proliferação de
algas prolongam o tempo de manutenção, a vida útil do material de revestimento e a qualidade da água
armazenada.
Altura
da retirada da água
fundo deve ser evitada, pois contêm água de pior qualidade devido ao acumulo de materiais orgânicos e
minerais depositados com o tempo. A parte de cima pode conter materiais sobrenadantes e mesmo
algas, caso haja entrada de luz. O ajuste da altura deve ser feito com auxílio de uma boia.
Dimensionamento
da cisterna
O tamanho da cisterna deve ser definido levando-se em conta a necessidade de água de cada
propriedade/atividade em um período de autonomia de 12 a 15 dias (metade do período médio de uma
estiagem curta, que é de aproximadamente 30 dias).
Parte
do texto: https://publicacoes.epagri.sc.gov.br/BT/article/view/417
Tipos de cisternas
Lona enterrada:
Necessário possuir espaço capacidade até de 250 mil litros em um aviário com dimensões 12 x 100 metros
Foto retirada do site https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cisterna_lona.jpg
Caixa d’água de polietileno:
Capacidade de até 15 mil litros
Foto retirado do site: https://www.guemat.com.br/caixa-dagua-2000-litros-tanque-de-polietileno-fortlev
Cada propriedade possui uma realidade, onde podemos colocar uma forma ou sistema de cisterna.
É uma questão de estudar a propriedade, custos beneficios .
Na minha região oeste de Santa Catarina, possui a cisterna lona enterrada nas grandes propriedade e
nas pequenas propriedade a caixa de polietileno. Caixa de concreto é muito raro existir
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